A cidade de São Paulo enfrentou condições climáticas extremas nesta segunda-feira (19), com a umidade relativa do ar atingindo apenas 12%. Esse índice, registrado pela Climatempo e pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), iguala-se ao recorde anterior de 22 de novembro de 2021, caracterizando um cenário de seca intensa.
Em resposta à situação crítica, a Defesa Civil Municipal decretou estado de alerta para baixa umidade do ar às 14h25. As autoridades recomendam que a população tome precauções como manter-se bem hidratada, proteger-se do sol e evitar atividades físicas ao ar livre entre 11h e 17h.
O meteorologista César Soares explica que a região está passando por um bloqueio atmosférico, com uma forte massa de ar quente e seco persistindo sobre as áreas centrais do país, afetando principalmente o Sudeste e o Centro-Oeste. Essa condição tem contribuído para a manutenção do tempo seco e quente.
As temperaturas na capital paulista também atingiram níveis elevados. O Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas da Prefeitura registrou máximas de 33°C em Perus, na Zona Norte, e 32°C em Itaquera, na Zona Leste.
Apesar da expectativa de um leve declínio na temperatura e aumento gradual da umidade durante a noite, as previsões indicam que as condições de ar seco devem persistir nos próximos dias. Há possibilidade de que os índices de umidade voltem a atingir níveis críticos semelhantes aos desta segunda-feira.
O mês de agosto de 2024 tem se mostrado particularmente seco, com apenas 33,4 mm de chuva acumulados até o momento, concentrados em apenas dois dias (9 e 10). Essa escassez de precipitação contribui para agravar as condições de secura do ar.
Soares prevê que uma mudança significativa no padrão climático só deve ocorrer no final de semana, com a passagem de uma nova frente fria. Até lá, a população deve permanecer atenta às recomendações das autoridades e tomar medidas para se proteger dos efeitos da baixa umidade.
As autoridades de saúde reforçam a importância de manter ambientes internos úmidos, utilizando vaporizadores, toalhas molhadas e recipientes com água. Essas medidas ajudam a minimizar os impactos negativos do ar seco na saúde respiratória e no bem-estar geral da população.