A cidade de São Paulo enfrentou um aumento nos casos de mpox (anteriormente conhecida como varíola dos macacos) em 2024. De acordo com o último boletim da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), foram confirmados 241 casos entre janeiro e 15 de agosto deste ano. Somente na semana de 8 a 15 de agosto, 24 novos casos foram registrados.
Apesar do aumento, a situação parece estar sob controle, com apenas 3,3% dos pacientes necessitando de hospitalização. A maioria (50,6%) não precisou de internação, enquanto 46,1% dos casos ainda estão em investigação. Felizmente, não houve óbitos relacionados à doença na cidade em 2024.
O cenário em todo o estado de São Paulo também apresenta um crescimento significativo. Nos primeiros sete meses de 2024, foram registrados 315 casos confirmados, representando um aumento de 257% em comparação com o mesmo período de 2023. No entanto, esses números ainda estão muito abaixo dos 4.129 casos registrados em 2022, o primeiro ano da epidemia.
Em resposta ao aumento global de casos, especialmente na África Oriental e Central, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a mpox como uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) em 14 de agosto.
A vacinação contra a mpox permanece um desafio. A Prefeitura de São Paulo aguarda o envio de novas doses da vacina MVA-BN Jynneos Mpox pelo Ministério da Saúde. O último lote recebido pela cidade foi em março de 2023, destinado a um grupo específico de adultos imunossuprimidos vivendo com HIV.
O Ministério da Saúde está negociando a aquisição de 25 mil doses adicionais para vacinação emergencial. Atualmente, o Brasil possui 49 mil doses da vacina. A ministra da Saúde, Nísia Trindade, enfatizou que a vacinação para mpox será seletiva, focando em grupos prioritários como pessoas vivendo com HIV/Aids e profissionais de laboratório que trabalham diretamente com o vírus.
A mpox é causada pelo vírus monkeypox e seus principais sintomas incluem cansaço, febre, calafrios, dor de cabeça, dores no corpo e lesões na pele. A transmissão ocorre principalmente por contato direto com feridas, secreções ou gotículas respiratórias de pessoas infectadas.
Embora não exista um tratamento específico para a mpox, o atendimento médico concentra-se no alívio dos sintomas e na prevenção de complicações. É crucial estar atento ao agravamento dos sintomas e buscar assistência médica quando necessário.